sábado, 18 de maio de 2013

O grande torneio

Boa tarde a todos, daqui a vossa jornalista Margarida Silva.
Hoje fui assistir a um tornei de gladiadores e vou contar-vos como tudo se passará à medida que este se vai desenrolando.
Estou sentada num dos melhores lugares e vou ver tudo em primeira mão... o primeiro combate vai começar.
Começo por vos dizer que os combates estão divididos pelo tempo que cada guerreiro já treinou; os primeiros, são os chamados Crácios que lutam à menos tempo e têm pouca esperiência. 
Estes lutam com espadas curvas, capacetes e um pesado escudo quadrado.
A multidão estava eufórica, punham-se de pé e gritavam muito alto quando um lutador fazia um ponto. Batiam furiosamente com os pés em sinal de entusiasmo crescente, quando o Imperador se levantava e esticava o dedo para decidir, se o combatente deitado ao chão perdia ou não.
Alguns tiveram sorte, porque César ficou intusiasmado com a sua perícia e não os desclacificou. Outros não tiveram tanta sorte e foram desclacificados, sem protesto algum com a decisam tomada.
De seguida lutaram Durmillos, os mais fortes, tinham na sua posse um lindo capacete, um escudo mais pequeno e uma curta, mas relusente espada. Estes quando, caiam ao chão e o César apontava o dedo para baixo, já levam uma pequena pancada com a espada. Confeso que essa parte só vos estou agora a contar, porque me disseram, eu escondi a cara não ver, detesto ver quem quer que seja a ser maguado.
Seguem-se os Retiários, que carregam apenas uma rede e uma faca curta, estes já tinham mais esperiência por isso não precisam de grandes proteções.
Dimachaeri, os mais bem treinados, usam apenas duas espadas para minha grande tristesa alguns deles foram mesmo mortos. Apenas um e só um teve consideração pelo adversário e apesar de César ter baixado o dedo, o vensedor poupo o derrotado. À mais, além de o ter poupado a uma terrível morte, ainda o ajudou a levantar e ajudou a sair do recinto de combate. 
Podemos com isto afirmar que nem toda a gente do mundo, pensa no mal. Que há pessoas com um grande coração onde até um desconhecido consegue caber sem ser obrigado a sair!
Espero que tenham gostado e até à próxima!!!!!

sábado, 11 de maio de 2013

Nova morada!!!

Hoje recebi uma má notícia, os meus pais estão desempregados e só arranjaram emprego na Bélgica, em Bruxelas.
Bem, por muito que não queira, vou ter de me despedir de toda a gente de quem gosto, família, amigos....... e ir para um sítio que desconheço completamente.À noite quando me fui dormir, deu-me uma enorme vontade de chorar e fi-lo. Assim que olhei para o espelho da casa-de-banho, vi que estava com olheiras por ter estado a noite toda a chorar com a partida desse dia.Chorar não me adiantava de nada, até porque já tínhamos feito as malas e não podia-mos voltar a trás com aquilo que já estava decidido. A viagem de carro e de avião, acho que foi tranquila, porque com o sono que tinha dormi a viagem toda. Só me lembro de ter entrado no avião de resto mais nada.
Quando chegamos senti um leve toque no braço, era o meu pai que me chamava, o avião já tinha aterrado em Bruxelas.
Era uma cidade bonita, o único problema deste país é que era frio e chuvoso coisa que a mim não me agradou lá muito à primeira vista.
Ouvi falar principalmente duas línguas diferentes, a dos franceses e a dos holandeses. Até eu e os meus irmão nos habituar-mos, foi a minha mãe e o meu pai que trataram de nos desenrascar.
A minha mãe foi para stôra de Francês e o meu pai, para stôr de Inglês, pagavam-lhes bem, portanto a nossa vida começou a melhorar aos poucos.
A casa onde vive-mos não era muito grande, mas o suficiente para nos acolher a todos de uma forma muito agradável. 
Consegui-mos, com algum dinheiro que foi posto de parte, visitar os monumentos de Bruxelas e arredores, coisa que sempre adorei fazer.
Notei que ao longo dos anos, os nossos hábitos e maneira de falar começaram a modar e às vezes até me esquecia de palavras em português.
Fiz imensos e novos amigos e dava-me bem com todos eles, mas entre todos havia um rapaz também imigrante como eu de quem comecei a gostar, o Marcus.
Ele era alto, magro, o cabelo era louro, curto e cheirava a limão; tinha uma diferença de todos os rapazes que conheci, não julgava as raparigas por serem bonitas, mas por serem simpáticas, inteligentes, divertidas.
Outro aspecto que me fez gostar daquele país eram as especiarias, não eram muito diferentes das portuguesas, mas tinham um certo toque que lhes dava um paladar esplêndido.
Uma vez por ano eu e os meus pais ia-mos visitar a família de Portugal e a família de Inglaterra.
Apesar deste grande afastamento, continuava-mos a comunicar diariamente por carta e por telefone.
A casa de Bruxelas não era lá muito grande, mas proporcionava-nos acolhimento e bem estar para que não nos falta-se nada. parecia que quando tinha-mos frio a casa o sabia e ficava mais quente.
A escola que passei a frequentar, era fria, mas não me fazia diferença, porque tinha a certeza de que estava segura e senti-me bem.
Achava os professores porreiros e dava-me bem com todos.
Eles também gostavam de mim, e achavam fascinante uma rapariga que se deslocou do seu país natal, se estar a dar tão bem com esta nova vida.
Adoro Bruxelas e não quero de modo algum deixar este sítio, nem os amigos, nem a escola, nem mesmo a casa nova.
Sinto-me muito bem aqui, acho que nem em Portugal me tinha sentido tão bem, mesmo tendo toda a minha família em Portugal. 
Espantoso!!!!!

Gretel e Capuchinha


Há muito tempo, numa cabana perto de um bosque, vivia um lenhador a mulher e com as suas duas filhas, Gretel e Capuchinha.
Eles eram tão pobres que tinham muita dificuldade em alimentar-se.
Um dia, elas foram com o pai, buscar lenha e sem darem por isso, afastaram-se tanto dele se perderam.
- Papá! Mamã! Onde estão? – Gritavam aflitas.
Andaram durante horas a tentar encontrar os pais, mas quanto mais andavam mais se afastavam de casa.
Cheias de fome e muito cansadas vaguearam a noite inteira pelo bosque, pensando que nunca mais voltariam a casa, até que por fim, muito cansadas, aninharam-se debaixo de uma árvore e adormeceram.
De manhã recomeçaram a caminhada, mas cada vez penetravam mais no bosque, e tinham muita fome.
- Olha - disse Gretel olhando para um ramo - que pássaro tão bonito!
Um pássaro, branco, estava pousado nesse ramo. O pássaro branco, abriu as asas e levantou voo.
Sem saber muito bem porquê, Capuchinha e Gretel seguiram-no parecia que as queria levar a algum sítio.
A meio do caminho, encontraram um lobo que lhes perguntou:
- Onde vão com tanta pressa?
Estas responderam:
- Desculpe, estamos proibidas de falar com desconhecidos, boa tarde!
Seguiram descontraídas mas passado pouco tempo, o lobo voltou a intersectar-lhes o caminho. Estas já irritadas, pisaram-lhe as duas patas e deram-lhe uma canelada, este caiu no chão cheio de dores.
Fugiram, atrás do pássaro que depois de várias horas, finalmente pousou numa casinha.
As crianças dirigiram-se para lá, muito contentes, porque encontraram um sítio onde podiam comer, e saber como podiam sair do bosque.
Mas qual não foi a sua surpresa quando chegaram ao pé da casinha e viram de chocolate, e os vidros de rebuçado transparente.
- Que grande banquete que vamos ter Gretel! - Exclamou Capuchinha. - Vou já comer um bocado do telhado!
Correram para a casinha. Gretel subiu ao telhado e Capuchinho lambeu o vidro. Ao ver que era doce, arrancou um pedaço e comeu-o.
De repente, abriu-se a porta da casinha e saiu de lá uma velhinha. As crianças ficaram tão assustadas e deixaram cair as guloseimas, mas a velhinha disse-lhes:
- Não tenham medo – Exclamou a velhinha. - Como é que chegaram até aqui?
- Perdemo-nos e temos fome. - Respondeu Gretel.
- Então venham - disse a velhinha. Venham e comam o que quiserem, os doces lá de dentro são melhores!
Dito isto, a velha entrou com eles para dentro de casa. Depois preparou-lhes uma apetitosa refeição, com bolos, leite, maçãs e nozes.
Mas a velha era na realidade uma bruxa malvada, que tinha construído a casinha para atrair as crianças e as devorar.
Ao anoitecer, a bruxa preparou uma cama para as crianças que, como estavam muito cansadas, se deitaram contentíssimas, pensando que tinham tido muita sorte em encontrarem aquela velhinha tão boazinha, e adormeceram logo.
Mas de manhã, a bruxa tirou Gretel da cama bruscamente e fechou-a numa gaiola. Depois disse a Capuchinha:
- Prepara comida para a tua irmã, que está muito magra e tem de engordar. Quando estiver gorda, vou assá-la no forno e comê-la... Ah, ah, ah! – Riu-se satisfeita.
Todos os dias Capuchinha tinha de preparar muita comida para Gretel, que ia engordando pouco a pouco.
- Mostra-me um dedo para ver se estás a engordar - dizia a bruxa à menina. Mas Gretel mostrava um osso de galinha, e a bruxa, que via muito mal, acreditava que o osso era o dedo da criança e que este ainda estava magra.
Depois de quatro semanas, a bruxa cansou-se de esperar e disse a Capuchinha:
- Já estou farta. Acende o forno que eu vou comer a Gretel assim mesmo.
- Não sei acendê-lo; vais ter de me ensinar - respondeu Capuchinha.
- Pequena inútil! - Gritou a bruxa.
Vê lá se aprendes como se faz.
A velha abriu a porta do forno e meteu metade do corpo dentro dele para o acender. Então, Capuchinha empurrou-a e fechou-a lá dentro.
A bruxa gritava e batia na porta do forno, mas esta era de ferro e não havia forma de a abrir por dentro.
Capuchinha correu a libertar a sua irmã. As crianças abraçaram-se e pularam de alegria, e, como a bruxa já não lhes podia fazer mal, foram fazer um reconhecimento à casa.
Qual não foi o seu espanto ao encontrarem vários cofres cheios de pérolas preciosas! Encheram os bolsos de joias e saíram a correr da casinha de chocolate, ansiosas por voltar para ao pé dos seus pais.
Mas o que estas não sabiam é que o lobo saltou ainda andava à procura delas e quando as encontrou, engoliu-as inteiras.
Um caçador que por ali passava, ao ouvir todo aquele barulho, pensou:
- O que será que o lobo fez desta vez? Vou mas é ver o que se passa.
Então deparou com o lobo a dormir profundamente.
- Agora encontrei-te. Procuro-te há tanto tempo!
E quando ia a pegar na arma lembrou-se que o malvado podia ter comido as meninas que andavam a passear pelo bosque e que talvez ainda as pudesse salvar. Pegou na faca e...zás abriu-lhe a barriga e de lá saiu Capuchinha e Gretel.
Depois de contarem ao caçador o que se tinha passado, Capuchinha foi a correr apanhar pedras, encheu com elas a barriga do lobo e Gretel coseu-lha.
O lobo, quando acordou e viu o caçador, que disparou para o chão, fugiu a correr em direção ao lago, e quando se atirou à água para fugir a nado, com o peso das pedras foi parar ao fundo e afogou-se, com o que até nada se perdeu, pois ele era um lobo mau a valer.
Então o caçador disse para as meninas:
- Vamos, vou acompanhar-vos a casa, não vá andar por aí outro lobo malvado.
Não demoraram muito a encontrar caminho de regresso a casa, onde os pais as receberam chorando de alegria. E com as jóias da bruxa, viveram felizes para sempre, dando algumas ao valente caçador.