sábado, 20 de dezembro de 2014

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Mar bravo



O dia estava bonito, o céu limpo de nuvens, o sol estava forte e o calor era abrasador (o vento temperava a coisa).
As gaivotas pairavam por cima de nós como bailarinas voadoras.
Eu e o meu pai observávamos o mar e conversávamos acerca da força da água e das suas correntes avassaladoras.
De repente, quando ninguém esperava, uma onda enorme salta-nos em cima e atira-me ao chão. Depois de me conseguir levantar, com ajuda do meu pai, olhei a praia e deparei-me com uma enorme confusão. As pessoas corriam atrás das suas roupas, chinelos, guarda-sóis..... Estava tudo a ser arrastado pela água, devido à força daquela onda.
O meu pai, aflito, olhou em todas as direções e depois de verificar que eu estava bem, largou a correr pela praia fora para ver onde estavam a minha mãe e a minha irmã e, também, para ter a certeza de que nenhuma criança era arrastada.
Os nossos pertences, apesar bastante molhados, estavam a salvo. A minha mãe, no entanto, ainda pensou que tinha perdido um chinelo, mas acabou por conseguir encontrá-lo.
Quando as coisas acalmaram pegámos nas nossas coisas e fomos livrá-las da areia que se lhes pegou numa poça de água enorme que a onda cavara uns metros à nossa esquerda. De seguida pusemo-las a secar e sentámo-nos nas rochas a lanchar deliciosas sandes de frango, a beber iogurte e a comer melancia.
A partir daí tudo correu às mil maravilhas.

O mar acalmou e apesar eu estar um bocado nervosa e insegura em relação a voltar a entrar na água, o meu pai convenceu-me a irmos, os dois, dar uns mergulhos. Passeámos pela praia e eu e minha irmã fizemos um castelo de areia. Ficámos até que o sol se pôs, e tenho de confessar, foi lindo...


A menina do parque


Sábado, um daqueles dias que não se pode desperdiçar.
"O que é que eu estou a fazer, feita preguiçosa, sentada no sofá a comer pipocas e a ver um filme que nem sequer tem piada? É ridículo!" - Pensei.
Desliguei a televisão e fui pousar o pacote de pipocas na cozinha. Tomei banho, vesti-me e saí para dar um passeio.
Vi montras cheias de roupas, sapatos e malas lindas, mas como sempre, no meio de todas aquelas coisas maravilhosas, não comprei nada!
F
ui dar uma volta até ao parque. Quando lá cheguei, vi uma menina não tinha mais de seis anos. Tinha um sorriso maroto, lábios finos e cor-de-rosa muito claros quase brancos. O cabelo loiro, liso e curto, estava preso com uma pequena mola cor-de-rosa.
Um olhar tão maroto como o sorriso, ela estava um tanto pensativa e distante. Olhos eram tão vivos, tão azuis e brilhantes como o mar num dia de sol.
Pele lívida e brilhante, revestida com um vestido de seda branca de renda e que lhe assentava lindamente.
Parecia um anjo, sentada entre as folhas castanhas, amarelas e vermelhas, que caiam à sua volta.
A rapariga estava sozinha e não vi nenhum adulto ali por perto para a vigiar e tomar conta dela. Fiquei com receio que estivesse perdida ou algo do género por isso aproximei-me e perguntei:
- Estás perdida? Não sabes da tua mãe?
- A minha mãe está ali - ela apontou para uma senhora de meia-idade que estava a conversar sem prestar atenção à criança. - Está a falar com a minha tia. - Respondeu-me com uma voz fina, de anjo.
- Não tens medo de ficar aqui sozinha? - Perguntei-lhe.
- Não! - Disse ela com um sorriso. - Ela faz sempre isto, conversa, conversa e conversa, eu canso-me e vou passear.
- E ela não se zanga contigo por ires, sozinha? – Perguntei-lhe.
- Ela não me vê a sair do seu lado, nem a voltar, por isso, posso ir quando quero. – Respondeu.
- E não achas que isso é perigoso? - Continuei.
- Não! Eu sou valente e ninguém me faz mal! – Respondeu-me com o seu sorriso maroto.
- Há por aí muitas pessoas que apanham meninas como tu, e não as devolvem aos pais, sabias? – Perguntei-lhe.
- Não. – Respondeu. – Tu és uma dessas pessoas?
- Claro que não, muito pelo contrário. Essas pessoas não gostam de meninas como tu e fazem-lhes mal eu acho-te a menina mais bonita que alguma vez vi no parque. Por que haveria de te fazer mal? – Disse-lhe com uma gargalhada. – Tenho uma ideia! E que tal, se nos tornássemos amigas? Achas bem? – Perguntei.
Ela fitou-me, ofereceu-me um sorriso e respondeu:
- Está bem. Vens cá amanhã? Eu trago uns desenhos que fiz para tu os veres. Serás a primeira.
- Ainda não os mostraste à tua mãe ou ao teu pai? – Perguntei-lhe incrédula.
- Os meus pais nunca se interessaram muito pelos meus desenhos. – Respondeu.
- Oh! – Foi a única coisa que consegui dizer.
Ela levantou-se e foi aí que reparei que ainda não sabia o nome dela. Estiquei a mão e agarrei-lhe no braço com delicadeza e perguntei:
- Como te chamas?
- Inês. – Respondeu com um sorriso. – E tu? – Perguntou-me.
- Diana. – Respondi sorrindo também.
Soltei-a e ela correu para a mãe e ambas se foram embora. Fiquei a observá-las enquanto se afastavam e quando deixei de as ver levantei-me e fui para casa com um sorriso nos lábios.
Por mais que tentasse, não consegui tirar a rapariga do pensamento, principalmente o que ela disse sobre os pais. Senti-me sensibilizada e um tanto triste por aquela menina não ter a atenção que devia.
Mais tarde fui-me deitar ainda a pensar nisso e só consegui adormecer perto das duas da manhã.
Com toda aquela ansiedade, no dia seguinte, só me levantei ao meio-dia. Preparei o almoço para mais tarde para ver conseguia acalmar os ânimos.
Na noite anterior não tive a certeza, mas nessa manhã, percebi que tinha criado uma ligação muito forte com Inês.
À tarde fui para o parque e fiquei feliz quando lá cheguei e a vi sentada no mesmo sítio onde a conheci.
Quando me viu Inês sorriu, levantou-se e quando me sentei ao pé dela, beijou-me no rosto. Devolvi-lhe o gesto.
Ela tinha uns papéis na mão, que me deu depois de se voltar a sentar. Tinham desenhos de pássaros, bonecas, baloiços, o sol, o céu e a relva.
- São tão bonitos! Como é que os teus pais podem não querer vê-los? - Perguntei muito espantada.
- O meu papá morreu quando eu nasci e a minha mamã gosta mais de falar com a minha tia do que de ver os meus desenhos.- Respondeu encolhendo os ombros.
Vi-lhe lágrimas nos olhos quando falou do pai, mas rapidamente as limpou olhando para mim com um sorriso.
- Por isso és tu a primeira a vê-los, como eu disse ontem. - Disse ela continuando a sorrir.
- Bem, e como eu já tinha dito, os teus desenhos são lindos! - Comentei esboçando um sorriso.
- Obrigada! - Respondeu-me.
- Onde aprendeste a desenhar assim Inês? -Perguntei.
- Aprendi sozinha. Já desenho desde os três anos. - Respondeu-me com um sorriso.
- Uau, é espantoso! - Comentei maravilhada.
- Posso desenhar para ti! -Sugeriu-me.
- E por que não? Adorava! -Disse-lhe com entusiasmo. - Trouxeste folhas e lápis?
- Sim. Trago sempre e tento desenhar aquilo que me parece mais bonito no parque. Como as folhas, o céu, as árvores….
Apoiei a cara na mão e fiquei a ouvi-la a enumerar todas as coisas belas do parque, até das pessoas ela falou.
Conversámos, fizemos desenhos, e para ser sincera Inês fazia-os muito melhor do que eu, e rimo-nos imenso principalmente dos meus desleixados desenhos.
- Sabes que faço anos amanhã?!- Disse ela de repente.
- Não, não sabia! Quantos anos fazem? - Perguntei.
- Sete. - Respondeu.
- Vais ter uma festa e bolo, não é?
- Não. A minha mamã só me dá uma prenda, nada de festas. - Respondeu-me.
- A sério? E tu não ficas triste com isso?- Perguntei parando de desenhar e olhando- a nos olhos.
- Um bocadinho, mas já estou habituada, por isso não digo nada!
- Nem choras?
- Sim, durante toda a noite, mesmo sabendo que não vale a pena.
Não consegui dizer mais nada, só consegui pensar "Coitadinha nem uma festa de anos a mãe lhe faz!", mas eu não podia fazer nada. Só se.... Virei-me para ela radiante, porque tinha tido uma ideia maravilhosa.
- Amanhã trás o teu vestido mais bonito! - Disse-lhe com um grande sorriso.
- Está bem. Mas porquê?-Perguntou confusa.
- Nada. Trá-lo é só isso. - E continuei a desenhar sem dizer mais uma palavra acerca do assunto.
- Ok. - Disse ela continuando também a desenhar e a rir-se dos meus desenhos.
- Ha ha ha! Esse parece uma pedra com picos! - Disse Inês entre as gargalhadas.
- Não, este já se parece com um pássaro. -Protestei, rindo-me logo a seguir.
- Não, isto é que se parece com um pássaro, Di. - Ripostou apontando para o seu desenho.
- Também. Tens razão. O teu parece-se mais com um pássaro do que o meu, mas ainda só estou a aprender! -Voltei a protestar.
- Pois! - Disse Inês dando uma risadinha.
Às sete disse-lhe que tinha de me ir embora. Inês voltou a dar-me um beijo na testa, mas desta vez esperou deixando-me beijar-lhe a bochecha.
- Adeus miúda. Porta-te bem e até amanhã! -Disse-lhe antes de ir.
- Adeus Di. Até amanhã! -Respondeu-me indo-se embora a seguir.
Fiquei a vê-la ir-se embora e depois saí do parque, mas em vez de me ir embora, fui a uma loja de roupa comprar um vestido para Inês.
Quando cheguei a casa e embrulhei o presente. Depois fui fazer um grande queque e guardei tudo dentro de um saco, mais uma vela com o número seis e um isqueiro.
No outro dia de manhã estava ansiosa por ir ao parque outra vez primeiro, porque queria ver Inês e depois porque queria ver a reação dela à pequena festa que lhe preparei.
Bem, à tarde lá fui eu novamente para o parque, com o saco na mão e um sorriso nos lábios. "Espero que ela goste" pensei quando lá cheguei. Vi-a sentada em cima das folhas com aquele olhar pensativo e com aquele vestido de seda com o qual estava no dia em que nos conhecemos. Aproximei-me e pousei o saco no chão.
- Parabéns pequenina! -Disse-lhe dando-lhe um grande beijo no rosto.
Ela riu-se e disse com um sorriso:
- Obrigada Di.
Inês vira-se para tirar qualquer coisa da mochila que está atrás dela e, eu, com toda a rapidez tiro o queque, o isqueiro e a vela do saco e acendo-a.
- Parabéns a você, nesta data querida.....- Começo a cantar.
Inês vira-se lentamente para mim e ao ver o bolo fica muito quieta a olhar-me e à medida que eu cantava às lágrimas caiam-lhe com mais intensidade pelo rosto a baixo.
E quando a cabei de cantar disse-lhe novamente:
- Parabéns Inês. Só te queria dizer que apesar de nos conhecer-mos à pouco tempo, eu te adoro como se fosses minha filha e....
Ela não me deixou acabar, atirou-se para o meu pescoço e disse:
- Quem me dera que o que dizes fosse verdade, porque eu também te adoro como se fosses minha mamã Di!
Fiquei sem fala e uma lágrima escorreu-me pelo rosto abaixo. Apertei-a contra mim e beijei-lhe o cabelo com ternura. Depois soltámo-nos, eu limpei as minhas lágrimas e passei os polegares pelos olhos dela limpando-lhe as lágrimas também.
- Tenho mais uma coisa par ti.
Voltando-me para o saco, tirando o vestido que lhe tinha comprado.
- É um presente..... obrigada Di! - Vieram-lhe novamente as lágrimas aos olhos.
Puxei-a para o meu peito encostando-a a mim com ternura.
- Adoro-te Inês. Seremos amigas para sempre e nada nos separará, nunca! - Prometi-lhe, com um sorriso.
Ela olho-me com um sorriso e com os olhos molhados e, mais uma vez, limpei-lhe os olhos com os polegares. Dei-lhe o embrulho com o vestido e fiquei a vê-la abri-lo, com cuidado e devagar, depois fizemos o que costumava-mos fazer, desenhar, pintar, dar um passeio pelo parque e ao fim do dia ambas fomos para casa.
Repeti-mos os encontros no dia seguinte e no outro e no outro e para abreviar por vários meses e divertimo-nos mais do que nunca as duas.
Mas um dia a nossa felicidade foi derrubada por uma mudança.
Dia 30 de julho, cheguei ao parque para ver Inês novamente, mas quando ela me viu em vez de sorrir e ficar com aquele ar pensativo, correu para mim a gritar o meu nome.
- Eh, acalma-te! Está tudo bem. Eu estou aqui! - Disse-lhe quando ela embateu em mim com toda a força e a dizer repetidamente "Não, não, não, ....". - Acalma-te e conta-me o que aconteceu. - Insisti.
Ela acalmou-se e disse a soluçar.
- A.... minha.... mãe.... quer.... mudar.... de.... casa.... e.... vai.... levar-me!
Recomeçou a chorar contra a minha camisola. Baixei-me e sentei-me no chão sentando-a no meu colo.
- E não gostas da casa? É isso?- Perguntei.
- Não! - Respondeu-me fungando. - A casa é muito bonita, grande, quente e confortável.
- Então porque choras? - Perguntei confusa, arqueando as sobrancelhas.
- Porque não vou voltar a este parque. Nunca mais! Não vou estar contigo nunca mais. - Respondeu-me com lágrimas nos olhos.
Não consegui dizer mais nada porque se disse-se começaria a chorar também, por isso limitei-me a encostá-la a mim e acariciar-lhe o cabelo.
- Independentemente do que acontecer e do quão longe nós fiquemos, tu serás sempre a minha menina e estarás sempre no meu coração, nunca te esqueças disso. Vou ter muitas saudades tuas e gostava que ficasses, mas sei que vais acabar por te habituar à tua nova casa, aos novos amigos e provavelmente a um novo parque. E talvez faças uma nova amiga nesse parque. Já pensaste como seria giro?! - Disse-lhe sorrindo, tentando disfarçar o tremor na minha voz.
- Mas e se eu não me habituar? E se não fizer amigos? E se nem sequer houver um parque onde eu possa brincar? - pergunta.
- Isso nunca vai acontecer. E sabes porquê?
- Não.
- Porque ninguém vai conseguir dizer que não quer brincar com a menina mais especial que alguma vez conhecerão.
Quando acabei a frase ela levantou a cabeça e olhou-me com aqueles olhos cor de mar a cintilar. Estes iluminaram-me de tal forma que percebi, que por mais escuros que viessem a ser os meus dias sem aquela criança, se me lembrasse daqueles olhos brilhantes iria conseguir ultrapassar melhor a dor.
Passei a mão pelo seu rosto.
- Não há nada a fazer acerca da tua ida, mas promete-me que se por acaso, algum dia, passares aqui perto vem a este parque.
- Estarias aqui se eu voltasse? - Pergunta fungando.
- Claro que sim. Estarei sempre aqui à tua espera aconteça o que acontecer. - Respondi com um sorriso enviesado.
De repente uma voz esganiçada e apressada chama Inês:
- Inês onde andas? Está na hora de irmos embora!!
É a mãe dela.
- Bem, está na hora de ires embora meu amor.
Ela deu-me um beijo e um abraço e disse:
- Adoro-te Di. Sempre.
- Eu também Inês. Sempre.
Senti duas lágrimas a escorrer-me pelo rosto e limpei-as rapidamente antes que ela as visse.
- Adeus. - Disse-lhe.
- Adeus. - Respondeu.
Levantou-se e foi ter com a mãe.
Levantei-me e fiquei a vê-las até elas saírem do parque e eu as ter perdido de vista.
- Adeus, até à vista miúda. - Murmurei. - Sê feliz!!
Fui para casa. Sentei-me no sofá
Apesar da tristeza que obviamente sentia por ter perdido uma amizade tão forte, sentia-me, ao mesmo tempo, feliz, porque agora Inês iria ter mais amigos e mais pessoas que lhe dariam atenção e a fariam sentir-se feliz.

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Margarida

Tem a sua origem no grego "margarítes" que significa "pérola". 
Margarida é uma mulher dinâmica e pragmática, mas também alegre e bonita o que faz com que seja bem aceite em qualquer ambiente.
Profissionalmente gosta de tomar iniciativas, de lutar por objectivos, por vezes difíceis de atingir, organizada e metódica tem capacidade para seguir metas bastante diversificadas.
Sentimentalmente é uma mulher apaixonada, boa companheira e amante, quando encontra o companheiro por quem anseia, não temendo procurá-lo até ao "fim do mundo" para o encontrar.

terça-feira, 9 de setembro de 2014

A porta

No meu peito há uma porta,
onde só a paz, o amor e a verdade entram.
É a porta para um mundo só meu,
um mundo diferente.
Um mundo onde os sentimentos são livres,
onde não são julgados,
podem sair e dizer que existem.
Um mundo onde todos estam numa fila,
mas ninguém está à frente.
Um mundo onda a porta só se abre
para os que a tentam abrir.

 









 

Música



Estás em tudo
e em todos.
Flutuas no vento,
explodes nos vulcões,
rebentas nas trovoadas. 
Mas acima de tudo, 
corres pulsante, 
dentro de mim.

Pensamentos e Sentimentos


Como é que me posso lembrar de coisas tão antigas se não sei exactamente o que fiz que transformou a minha vida neste caos.

Dentro dele há uma tempestade, um sentimento de dor e sofrimento, mas o guerreiro segue o seu caminho sem nunca olhar para trás, certificando-se sempre de manter a maior distância possível entre ele e rapariga que amava.

O que é que nos torna humanos?
Não é algo que possamos programar, não podemos pôr isso num chip.
É a força do coração humano que marca a diferença entre nós e as máquinas.

Há uma verdade universal que todos temos que enfrentar, quer queiramos quer não.... um dia, tudo acaba.
Nunca gostei de finais. O último dia do Verão, o último capítulo de um bom livro, a despedida de um grande amigo. Mas os finais são inevitáveis. As folhas caem. Fecha-se o livro. Diz- -se adeus.
Mas temos, algum dia, de dizer adeus a tudo o que conhecemos, a tudo o que é confortável.
Temos de seguir em frente.
E é porque vamos partir, que dói.
Mas há pessoas que estarão sempre connosco, aconteça o que acontecer. Elas são o nosso alicerce, a nossa estrela polar, as vozes cristalinas nos nossos corações, e estarão lá sempre para nos guiar. Sempre!

Nunca haverá ANO BOM para quem continua copiar os erros do passado.

Os que pensam que o dinheiro faz tudo, são capazes de fazer tudo para o ter.

Um livro fechado é um cérebro, aberto é um amigo que espera.

As grandes obras são executadas não pela força, mas pela perseverança.

Quem honra a sua mãe, é igual àquele que acumula um tesouro.

Sofrer tudo de todos, mas não sofrer nada a ninguém.

Nós não temos a missão de fazer triunfar a verdade, mas dar testemunhos dela.

Nunca terá verdadeiros amigos aquele que tem medo de criar inimigos.

A natureza é a casa de todos, respeita-a e partilha-a.

Para parecer alguém é preciso ser-se alguma coisa.

Dar sem amar é uma ofensa.

O mundo não é mais do que um espectáculo ruidoso que nos impede de prestar atenção à realidade.

Caminhante, não há caminho, este faz-se caminhando.

Há coisas que não se vêem como deve ser, a não ser com os olhos que choram.

As verdadeiras amizades são as derradeiras flores da árvore da vida.

Todo o trabalho é nobreza quando o prendemos a uma estrela.

Os amados fazem-se lembrar pela lágrima; os esquecidos pelo sangue.

O mundo não é o que existe, mas o que acontece.

O que não pode florir no momento certo acaba explodindo depois.

Deus deu-me a tarefa de morrer. Nunca a compri. Agora, porém, já aprendia obediência.

Não sou mau lembrador. A minha única dificuldade é ter de escrever por escrito.

Os factos só são verdadeiros depois de serem inventados.

A vida é um beijo doce em boca amarga.

A cinza voa, mas o fogo é que tem asa.

Do que me lembro jamais eu falo. Só me dá saudade o que nunca recordo. Do que me vale ter memória se o que mais vivi foi o que nunca se passou?
  
Diz-se que as lendas ajudam a perceber coisas superiores a nós. Forças que determinam a nossa vida. Acontecimentos para lá de qualquer explicação. Indivíduos cuja vidas os prejetam para as alturas ou os fazem cair nas profundezas. É assim que nascem as lendas.

Os homens juntam os erros das suas vidas e criam um monstro ao qual chamam destino.

Por mais negro que seja o momento, o amor e a esperança são sempre possíveis.

Seja o que for que tenhamos de enfrentar, seja o que for que tenhamos de resolver temos sempre uma opção. Devemos optar por ser o melhor de nós próprios. São as opções que fazem de nós o que somos, e podemos sempre optar por fazer o que está certo.

Ser valente, não quer dizer procurar sarilhos.

A razão não é automática. Os que a negam não podem ser conquistados por ela.

Alguns dizem que o nosso destino está ligado à Terra e nós somos parte dela tal como ela é parte de nós. Outros dizem que o destino é entrelaçado como um tecido de modo a que o destino de um se cruze com o de muitos outros.
É a única coisa que procuramos ou lutamos para mudar.
Alguns nunca o encontram, mas há outros que são guiados por ele, logo, o destino somos nós que o fazemos.

Às vez é melhor não fazer nada. Às vez é melhor não dizer nada, porque as pessoas lembram-se de ti não quando estás presente, mas sim quando sentem a tua falta.

As grades obras são executada não pela força, mas pela perseverança.

Resta apenas o meu sangue. Levem-no. Mas não me façam sofrer mais.

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Cavalo

A poeta quer escrever um poema sobre um cavalo:
mas ele cavalga-lhe por entre os versos.
Então, a poeta faz um cercado de palavras
para o cavalo não fugir.
Mas o cavalo não cavalga
quando o prendem num cercado.
E quando a poeta pousou a caneta,
o cavalo começou a cavalgar.
A poeta voltou a pegar na caneta,
escreveu o que tinha visto
e o poema ficou feito.